Este tipo de procedimento, comercializado como ecografias 3D, 4D ou 5D, tem como único propósito a criação de uma recordação afetiva, sem qualquer validade clínica.
O alerta da ERS surge na sequência de várias reclamações de utentes, preocupados com a realização destes exames.
A principal preocupação do regulador é que estas práticas "podem implicar a exposição desnecessária do feto a ultrassons".
Embora as ecografias de diagnóstico sejam consideradas seguras quando realizadas por profissionais qualificados e dentro dos parâmetros médicos recomendados, a exposição a ultrassons por motivos não clínicos não é aconselhada.
A ERS sublinha a distinção fundamental entre um exame de diagnóstico, que é uma ferramenta médica essencial para monitorizar a saúde do feto e da grávida, e um procedimento puramente recreativo.
O aviso visa sensibilizar os futuros pais para que tomem decisões informadas, privilegiando sempre o acompanhamento médico e os exames clinicamente justificados em detrimento de práticas comerciais que, apesar de apelativas, podem comportar riscos desnecessários. A posição do regulador reforça a importância de seguir as orientações dos profissionais de saúde durante a gestação, garantindo que qualquer procedimento realizado tenha um propósito médico claro e seja executado com os mais elevados padrões de segurança para a mãe e para o bebé.








