O serviço de urgência do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) enfrenta uma crise severa, com tempos de espera para doentes urgentes a atingirem as 12 horas, levando a direção-executiva do SNS a classificar a situação como "o principal problema" do sistema de saúde nacional. Os dados do portal do SNS revelaram que, numa terça-feira, os doentes classificados com pulseira amarela (urgentes) aguardavam cerca de 12 horas para uma primeira observação médica, uma situação que expõe uma falha grave na resposta a cuidados de saúde atempados. O diretor-executivo do SNS, Álvaro Almeida, reconheceu publicamente a gravidade da situação, afirmando que "no Amadora Sintra há um problema e há um problema sério" e que esta é uma das "maiores preocupações" da sua equipa.
A crise é atribuída a um "problema fundo" de falta de recursos humanos, que afeta tanto os cuidados hospitalares como os primários, sendo agravada pela ausência de médicos de família na região, o que aumenta a afluência às urgências.
A direção-executiva do SNS já se reuniu com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra para definir medidas, admitindo que, embora o reforço das equipas esteja em curso, "não é fácil" encontrar profissionais. Esta situação crítica no Amadora-Sintra contrasta com outros hospitais do país, como o São João no Porto, onde, no mesmo período, os tempos de espera para doentes urgentes eram de cerca de uma hora, evidenciando uma disparidade regional e a particular vulnerabilidade desta unidade hospitalar.
Em resumoA situação crítica nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, com tempos de espera inaceitáveis para doentes urgentes, foi oficialmente reconhecida como o problema mais grave do SNS. A falta estrutural de profissionais é a principal causa, e as autoridades procuram soluções para uma crise que compromete a segurança dos utentes.