O impacto mais visível sentiu-se nos transportes, onde a mobilidade foi drasticamente reduzida, afetando milhares de cidadãos.

O Metropolitano de Lisboa foi um dos casos mais paradigmáticos, com o encerramento total da rede desde a meia-noite, uma decisão do tribunal arbitral que não decretou serviços mínimos e que a empresa contestou pelo seu "impacto particularmente gravoso".

No setor aéreo, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, registou mais de 60 voos cancelados, com companhias como a Emirates a suspenderem as suas ligações.

A CP também alertou para perturbações significativas, com centenas de comboios suprimidos desde a véspera.

A PSP emitiu avisos à população, recomendando o planeamento antecipado de deslocações, especialmente em Lisboa, onde o trânsito esteve condicionado devido a uma manifestação.

Na educação, o cenário foi de encerramento generalizado, com milhares de alunos a ficarem sem aulas e a Fenprof a reportar uma adesão massiva. Nos hospitais, os serviços funcionaram em regime de serviços mínimos, o que resultou no cancelamento de milhares de consultas, cirurgias e exames, garantindo-se apenas as urgências.

A forte adesão, que o sindicato dos médicos estimou acima dos 90% nos principais hospitais, demonstra a dimensão do protesto e o seu profundo impacto na rotina do país.