A pressão é agravada pela vaga de gripe, mas o problema de fundo reside na carência de profissionais, nomeadamente médicos de família, que sobrecarrega as urgências hospitalares. A direção-executiva do SNS reuniu-se com a administração da ULS para encontrar soluções de médio e longo prazo, mas, para os utentes, a realidade imediata é a de uma espera desumana por cuidados de saúde.
Tempos de espera no Amadora-Sintra atingem níveis críticos e são classificados como "principal problema do SNS"
O serviço de urgência do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) tornou-se o epicentro de uma crise no Serviço Nacional de Saúde, com tempos de espera para doentes urgentes a ultrapassarem as 14 horas. Esta situação alarmante foi classificada pelo próprio diretor-executivo do SNS, Álvaro Almeida, como "o principal problema" do sistema de saúde nacional. Os dados do portal do SNS revelaram um cenário caótico e diário, com utentes portadores de pulseira amarela (urgentes) a aguardarem por uma primeira observação médica por períodos que chegaram a atingir as 14 horas e 45 minutos, e os pouco urgentes a esperarem mais de 16 horas. A situação foi descrita como um "problema sério" e estrutural, atribuído à falta de recursos humanos, que afeta não só os serviços hospitalares mas também os cuidados de saúde primários na região. Álvaro Almeida reconheceu que a situação "não é aceitável" e que a sua maior preocupação é a ULS Amadora-Sintra, admitindo que, embora se esteja a tentar reforçar as equipas, a solução não é fácil.



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