A depressão Emília atingiu a Madeira com vento forte, que ultrapassou os 100 km/h, agitação marítima e precipitação intensa, levando à emissão de avisos laranja e vermelho.

As consequências foram vastas e imediatas: a Proteção Civil registou 349 ocorrências, incluindo quedas de árvores e movimentos de massa, que mobilizaram 759 operacionais e 363 meios terrestres.

Pelo menos uma pessoa teve de ser realojada devido aos danos na sua habitação.

O impacto mais severo sentiu-se no Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo, que ficou praticamente inoperacional durante dois dias.

Mais de uma centena de voos foram cancelados, afetando milhares de passageiros e isolando o arquipélago.

A situação levou a que a região ficasse “completamente isolada”, com os barcos também impedidos de sair dos portos devido ao aviso vermelho para a agitação marítima, que previa ondas até 14 metros.

A normalidade no movimento aéreo só foi restabelecida após a melhoria das condições atmosféricas, permitindo a retoma gradual das ligações e o escoamento dos passageiros retidos.

Este evento sublinha a vulnerabilidade do arquipélago a fenómenos meteorológicos extremos e a dependência crítica das suas infraestruturas de transporte.