Em vários momentos, os doentes classificados com pulseira amarela (urgentes), cujo atendimento recomendado é de 60 minutos, enfrentaram esperas de quase 12 a 15 horas. Para os doentes pouco urgentes (pulseira verde), a espera chegou a atingir as 15 horas e 19 minutos.

Esta situação crítica, que se repetiu ao longo de vários dias, reflete uma pressão extrema sobre os serviços, exacerbada pelo aumento sazonal de infeções respiratórias, mas que aponta para problemas estruturais profundos na capacidade de resposta da unidade hospitalar.

A gravidade do problema foi reconhecida ao mais alto nível, com o diretor-executivo do SNS a identificar publicamente as urgências do Amadora-Sintra como a maior fragilidade do sistema.

As autoridades de saúde apelaram à população para contactar previamente a linha SNS24, numa tentativa de mitigar a afluência às urgências, mas os números demonstram uma crise persistente que compromete a prestação de cuidados atempados e seguros.