Esta discrepância, segundo a organização, desvirtua a realidade florestal do país e alimenta uma perceção política incorreta sobre a verdadeira dimensão do problema.

A Quercus conclui que os dados oficiais sobre incêndios florestais apresentam "incorreções" que levam a uma sub-representação significativa da área de eucalipto afetada pelo fogo.

Esta falha estatística tem implicações profundas, pois, ao não refletir a verdadeira dimensão do eucaliptal ardido, pode influenciar negativamente as políticas de gestão florestal e de prevenção de incêndios.

A associação ambientalista argumenta que esta "perceção estatística e política incorreta" impede um diagnóstico rigoroso do problema dos incêndios em Portugal, onde o eucalipto é uma das espécies dominantes e mais inflamáveis.

O alerta da Quercus é um apelo ao "realismo" por parte das autoridades, instando-as a rever as metodologias de contabilização para que as decisões futuras sejam baseadas em dados precisos e completos.

Sem uma imagem fiel da realidade, torna-se mais difícil implementar estratégias eficazes para mitigar o risco de incêndio e promover uma floresta mais resiliente e sustentável.