A tempestade Emília demonstrou a vulnerabilidade do arquipélago a fenómenos meteorológicos extremos, com um impacto direto e paralisante na vida quotidiana e na sua principal porta de entrada e saída, o Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo.

Durante dois dias consecutivos, a quase totalidade das ligações aéreas foi cancelada devido a ventos fortes, que condicionaram a operação aeroportuária, deixando milhares de passageiros em terra.

A Proteção Civil registou um balanço superior a 349 ocorrências, que incluíram quedas de árvores, movimentos de massas e inundações, com os concelhos do Funchal e Machico a serem os mais afetados. A situação levou as autoridades a prolongar os avisos de mau tempo, que incluíam previsões de vento forte, agitação marítima e precipitação intensa. O cenário adverso não se limitou ao ar, uma vez que os portos também foram afetados, com barcos impedidos de sair. Este evento sublinha a importância crítica da resiliência das infraestruturas e da eficácia dos planos de contingência para mitigar os efeitos de tempestades severas que, segundo especialistas, tendem a tornar-se mais frequentes e intensas.