Esta situação alarmante levanta sérias preocupações sobre a segurança dos doentes e a capacidade de resposta de uma das maiores unidades hospitalares do país. A situação descrita nos vários artigos é de rutura, afetando todos os níveis de triagem.
Doentes classificados como pouco urgentes (pulseira verde) enfrentaram esperas superiores a 15 horas, mas o mais preocupante foi o impacto nos casos mais graves. Utentes com pulseira amarela (urgentes) tiveram de aguardar mais de seis a oito horas, e até doentes muito urgentes (pulseira laranja) viram os tempos de espera recomendados largamente ultrapassados, com registos de mais de sete horas de espera quando o máximo deveria ser de 10 minutos. Esta pressão contínua sobre o serviço de urgência não parece ser um evento isolado, mas sim um problema sistémico que reflete a sobrecarga do hospital, possivelmente agravado pelo aumento sazonal de infeções respiratórias. A repetição destas notícias ao longo de vários dias indica uma crise persistente que coloca em risco a prestação de cuidados de saúde atempados e eficazes, transformando a ida à urgência numa experiência de elevada incerteza e perigo para os utentes.









