A situação é crítica em várias frentes. A linha SNS 24 foi descrita como estando em “colapso”, com centenas de pessoas em lista de espera. Nas urgências, os tempos de espera atingiram níveis alarmantes, como no Hospital Amadora-Sintra, onde se reportaram esperas de até 17 horas para casos considerados pouco urgentes. Em resposta, unidades como a ULS do Médio Tejo estão a abrir mais camas para acomodar o afluxo de doentes.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a proporção de episódios de urgência por síndrome gripal é “superior a todas as épocas anteriores e mais precoce”.
A circulação de uma nova variante do vírus da gripe, um subtipo do H3N2, é um dos fatores contribuintes.
Especialistas como Francisco George, presidente da Sociedade de Saúde Pública, explicam que, embora a estirpe em circulação não seja idêntica à estirpe vacinal, a vacina continua a ser “protetora” e a reduzir a gravidade da infeção. Perante este cenário, os especialistas reforçam o apelo à população, insistindo: “Vacinem-se, ainda vamos a tempo”, como forma de mitigar os impactos mais graves da doença e aliviar a pressão sobre os serviços de saúde.









