As autoridades de saúde portuguesas emitem um alerta à população devido ao aumento significativo de casos de gripe, que coincide com a aproximação da época festiva. A epidemia, impulsionada por uma estirpe mais agressiva da gripe A, está a causar uma pressão crescente sobre os serviços de saúde e a contribuir para um excesso de mortalidade. Portugal regista um aumento acentuado de infeções respiratórias, com mais de 1.200 novos casos de gripe notificados numa única semana e cerca de 600 mortes associadas. A faixa etária mais afetada é a dos maiores de 70 anos. A situação é agravada pelo facto de a vacina sazonal não abranger a estirpe mais agressiva do vírus da gripe A, o que já levou ao internamento de 46 doentes nos cuidados intensivos.
Os especialistas preveem que o pico da epidemia ocorra por altura do Ano Novo, após as reuniões familiares do Natal, o que poderá intensificar a pressão sobre as urgências hospitalares. Perante este cenário, as autoridades de saúde apelam à população para adotar medidas preventivas, recomendando que “se se sentir doente deve usar máscara” durante as festas para proteger os mais vulneráveis, como crianças e idosos.
O aumento da gripe é também apontado como uma das principais causas para o excesso de mortalidade registado no início de dezembro.
O Governo apela à vacinação, mas a falta de vacinas em muitas farmácias para grupos não prioritários constitui um obstáculo à contenção do surto.
Em resumoO aumento exponencial de casos de gripe A em Portugal, com um pico esperado para o Ano Novo, levou as autoridades a emitir alertas, recomendando o uso de máscara em caso de sintomas e apelando à vacinação, embora existam constrangimentos no acesso a esta para grupos não prioritários.