Apesar da gravidade do problema, Portugal não cumpriu o prazo estabelecido para implementar a nova legislação comunitária, que visa diminuir os limites de exposição e proteger melhor os trabalhadores. A diretiva europeia exige medidas mais rigorosas de controlo, monitorização e formação para todos os que possam estar em contacto com fibras de amianto, presentes em muitos edifícios e infraestruturas antigas. O falhanço na transposição desta diretiva para a legislação nacional deixa os trabalhadores portugueses em setores como a construção, demolição e manutenção de edifícios numa situação de maior vulnerabilidade. A ausência de um quadro legal atualizado significa que as práticas de segurança podem não estar alinhadas com as mais recentes evidências científicas sobre os perigos do amianto, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças graves como o mesotelioma e o cancro do pulmão a longo prazo.
A situação levanta questões sobre a prioridade dada à saúde e segurança no trabalho em Portugal.








