Paim recordou ter chegado ao Sporting com apenas sete anos e, aos 15, assinou um contrato profissional que "mudou mesmo a vida da família", com um salário superior ao de alguns jogadores da equipa principal.
Contudo, este sucesso financeiro precoce foi, segundo ele, "o começo dos seus problemas".
Sem maturidade para gerir o dinheiro e com o surgimento de novas pressões, sentiu que o clube o deixou com uma "pistola à cabeça".
Aos 18 anos, foi emprestado e começou a frequentar o mundo da noite, o que marcou o início do seu declínio.
A sua carreira terminou efetivamente quando, numa oportunidade no Chelsea, decidiu que "a festa, a noite, os copos, tudo era mais importante que o trabalho".
De regresso a Portugal e sem clube, gastou o dinheiro que tinha "em droga, em mulheres, em noite". Para sustentar os seus vícios, admitiu em lágrimas: "comecei a vender droga".
O ponto mais baixo da sua vida foi a detenção por tráfico de droga, aos 32 anos, testemunhada pelos seus filhos.
"Os meus filhos a verem aquilo sem entender, verem o pai algemado...
É algo que não tenho mais como pedir desculpa", lamentou.
Apesar de tudo, considerou a prisão como o seu "ponto de viragem", levando-o a tornar-se uma pessoa mais focada e a usar a sua história para inspirar jovens através de "palestras do insucesso".