O antigo futebolista, outrora uma grande promessa do Sporting, abriu o coração e detalhou a sua queda, desde os contratos milionários na adolescência até ao envolvimento com o crime.
Paim recordou como, aos 16 anos, já ganhava mais do que alguns jogadores da equipa principal, o que considera ter sido "o começo dos [seus] problemas".
Com o sucesso e o dinheiro, surgiram as más influências e a falta de estrutura para gerir a sua vida.
O concorrente fez uma acusação forte ao seu antigo clube, afirmando: "Não quero, de todo, meter a culpa no Sporting, mas acho que o Sporting deixou-me com uma pistola à cabeça".
A sua carreira entrou em declínio quando, emprestado ao Chelsea, decidiu que "a festa, a noite, os copos, tudo era mais importante que o trabalho".
O abandono do futebol profissional levou-o a um caminho destrutivo.
"Deixei de jogar, de receber, o dinheiro que tinha fui gastando em droga, em mulheres, em noite", lamentou. Para sustentar os vícios, confessou em lágrimas: "Comecei a vender droga".
Aos 32 anos, foi detido por tráfico de droga, um momento que descreveu como devastador, especialmente por ter ocorrido à frente dos filhos.
"Os meus filhos a verem aquilo sem entender, verem o pai algemado...
É algo que não tenho mais como pedir desculpa", referiu, emocionado.
No entanto, considerou que a prisão, onde esteve um ano, foi o seu "ponto de viragem" e "o melhor que [lhe] aconteceu", permitindo-lhe reavaliar a sua vida.