O ex-futebolista recordou o seu percurso de forma emotiva, revelando detalhes sobre a ascensão e queda na sua carreira, o envolvimento com drogas e o período que passou na prisão.
Num testemunho divulgado durante a gala de domingo, 3 de agosto, Paim descreveu como o sucesso precoce e o dinheiro o levaram a um caminho destrutivo.
Aos 15 anos, já com um contrato profissional no Sporting que lhe garantia um salário superior a alguns jogadores da equipa principal, começou a lidar com o "ego" e a má gestão financeira. A convivência com jogadores mais velhos e o mundo da noite desviaram-no do futebol.
O ponto de viragem para a sua queda, segundo o próprio, foi quando o "Sporting deixou-me com uma pistola à cabeça".
A sua carreira terminou efetivamente após uma passagem pelo Chelsea, onde admitiu que "decidiu que os seus amigos eram mais importantes, a festa, a noite, os copos, tudo era mais importante que o trabalho".
Sem dinheiro, recorreu ao tráfico de droga para sustentar os vícios.
"Comecei a vender droga", afirmou em lágrimas, descrevendo a sua detenção aos 32 anos como um momento devastador, especialmente por ter sido presenciado pelos seus filhos.
No entanto, considerou a experiência na prisão como um "ponto de viragem", afirmando que "ter sido preso foi o melhor que me aconteceu".
Atualmente, Paim dedica-se a dar palestras a jovens sobre o seu "insucesso" como forma de alerta.