Diariamente, cerca de seis toneladas de roupa provenientes dos hospitais Santa Maria e Pulido Valente são enviadas para uma lavandaria externa, onde as peças danificadas são separadas para o serviço de costura. É aqui que uma pequena equipa de cinco profissionais recupera, em média, entre 3.000 e 3.500 peças por mês. Segundo Teresa Silva, coordenadora da Unidade de Gestão Hoteleira da ULS Santa Maria, o objetivo é “dar o máximo de vida útil aos artigos”. A prioridade é a roupa do doente, mas a criatividade e a necessidade transformam o que seria lixo em recursos valiosos. Calças de pijama cortadas na ortopedia convertem-se em calções, camisas rasgadas ganham novos decotes e lençóis muito gastos são reaproveitados como resguardos ou transformados em lençóis para berços. Fernanda Santos, costureira há 10 anos no serviço, descreve o processo com simplicidade: “Se o lençol já for muito usado, muito gasto, não vale a pena estar a gastar a linha”. O trabalho destas profissionais revelou-se ainda mais crucial durante a pandemia, quando se dedicaram à confeção de equipamento de proteção individual, como gorros e perneiras, numa altura de escassez. Fernanda recordou esse período com emoção, sentindo que fazia parte da História: “Estava na primeira linha porque ajudava quem estava na linha da frente”. O serviço, que já contou com 12 costureiras, enfrenta hoje dificuldades de recrutamento, refletindo o risco de extinção desta profissão, mas continua a ser um pilar de sustentabilidade e cuidado dentro do hospital.
Costureiras do Hospital de Santa Maria dão nova vida a têxteis descartados
Num exemplo notável de economia circular e dedicação, cinco costureiras do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, dão uma nova vida a milhares de peças de vestuário e têxteis que, de outra forma, seriam descartados. Esta iniciativa não só gera uma poupança significativa para a instituição, como também sublinha o valor do reaproveitamento e do engenho humano.


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