A operação de remoção teve início na tarde de sexta-feira, 25 de julho, e foi acompanhada de perto pelo Município de Caminha. A embarcação estava parada desde 2020, inicialmente devido a restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19, depois por problemas no pontão em Espanha e, desde 2023, devido ao acentuado assoreamento do rio Minho, que a deixou encalhada. O presidente da Câmara Municipal, Rui Lages, tem insistido repetidamente na necessidade de se proceder ao desassoreamento do rio, sublinhando que a situação tem condicionado gravemente a operação marítimo-turística na zona. A remoção do ferry é, por isso, vista como uma vitória para a comunidade e um passo essencial para a reavaliação do estado da embarcação e da viabilidade futura da ligação transfronteiriça. A operação de reboque para um estaleiro naval na Galiza permitirá uma avaliação técnica detalhada dos danos e das reparações necessárias para que o "Santa Rita de Cássia" possa, eventualmente, voltar a navegar entre as duas margens do Minho, um serviço vital para a economia e para as relações sociais da região.