Diariamente, cerca de seis toneladas de roupa dos hospitais Santa Maria e Pulido Valente são enviadas para a lavandaria, de onde regressam muitas peças danificadas pelo uso ou por procedimentos de emergência. É aqui que entra a equipa de costura, que recupera em média entre 3.000 e 3.500 peças por mês. O seu trabalho é variado e criativo: calças de pijama rasgadas são transformadas em calções, camisas danificadas ganham novos decotes e lençóis gastos são reaproveitados como resguardos ou convertidos em lençóis para os berços dos recém-nascidos. A coordenadora da Unidade de Gestão Hoteleira, Teresa Silva, afirma que se tenta "dar o máximo de vida útil aos artigos". O serviço, que já contou com 12 profissionais, enfrenta agora dificuldades de recrutamento, sendo a costura uma profissão em risco. As costureiras, como Fernanda Santos, Maria de Lurdes Isidoro e Marisa Pereira, partilham um forte espírito de equipa e orgulho no seu ofício. Durante a pandemia, estiveram na linha da frente a confecionar equipamento de proteção individual, como cogulas e perneiras, um trabalho que Fernanda recorda com emoção: "Estava na primeira linha porque ajudava quem estava na linha da frente".

Costureiras do Santa Maria dão nova vida a peças (que iriam para o lixo)