A reabertura devolve aos almadenses e visitantes um dos passeios mais emblemáticos do concelho, com uma vista privilegiada sobre o Tejo e Lisboa.
Em abril, a Câmara Municipal de Almada decretou a “situação de alerta”, interditando a circulação de pessoas na zona por razões de segurança.
Moradores locais, como Graça Teixeira, relataram à Lusa que deixaram de frequentar o local porque “o percurso tinha muitos buracos, o que se tornava perigoso”.
A reabertura foi possível graças a obras de demolição e consolidação realizadas pelo Grupo AFA, proprietário dos edifícios em risco.
A intervenção incluiu a instalação de iluminação pública, passadiços de madeira em pontos críticos e uma exposição sobre a história do local.
As cerca de 50 pessoas que viviam em edifícios devolutos foram realojadas e acompanhadas pelos serviços sociais. A presidente da Câmara, Inês de Medeiros, destacou que esta é a primeira fase de um projeto de reabilitação mais vasto para a zona, que prevê um investimento de 300 milhões de euros para a construção de habitação, comércio, um hotel e equipamentos sociais. Este plano de urbanismo aguarda, no entanto, a resolução de um impasse jurídico com a Agência Portuguesa do Ambiente. A devolução deste espaço à comunidade representa um passo significativo na melhoria da qualidade de vida e na valorização do património de Almada.