Este evento bienal transforma a vila num museu ao ar livre, com 25 ruas meticulosamente decoradas com flores de papel.
A iniciativa, que representa um investimento superior a 400 mil euros, é um testemunho do espírito comunitário da região. Durante meses, homens e mulheres dedicam-se à criação dos enfeites, um trabalho que o presidente da autarquia, David Galego, descreve com orgulho como “a arte de um povo que sai à rua”.
Nas suas palavras, a sua função é “valorizar o seu trabalho”, destacando a “inovação, criatividade e bom gosto” dos redondenses.
O impacto do evento transcende o valor cultural, sendo um motor económico vital. José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, refere que o certame é um “grande cartaz turístico” que se reflete “no aumento do número de visitantes e do número de dormidas, não só em Redondo, mas um pouco por todo o território contíguo”. A projeção internacional é evidente, com uma forte afluência de turistas espanhóis, especialmente da Extremadura, um mercado que a organização tem procurado ativamente cativar. A escolha de uma cantora espanhola para o cartaz musical foi uma decisão “inteligente”, segundo José Santos, que visa fortalecer a promoção no “mercado transfronteiriço”.
O sucesso do evento, que espera receber cerca de 150 mil visitantes, demonstra como a união da comunidade em torno de uma tradição pode gerar valor cultural, social e económico, reforçando a identidade local e projetando-a além-fronteiras.