A tradição, que se estende por 14 localidades, foi recentemente renovada como Património Cultural Imaterial, consolidando a sua importância histórica e cultural.
Este evento é um pilar da identidade local e um motor económico para a região.
Segundo o presidente da Câmara do Sabugal, Vítor Proença, a população do concelho “quase que quadruplica” durante o mês de agosto, passando de 12 mil para cerca de 40 mil habitantes, impulsionada pelos emigrantes e pelas próprias capeias, que atraem muitos visitantes, incluindo espanhóis. “Este mês é sempre muito importante para nós e para a economia local, que consegue faturar acima da média”, destaca o autarca.
A capeia arraiana distingue-se pelo uso do forcão, uma estrutura triangular de madeira manejada por cerca de 30 homens para lidar com o touro, uma prática exclusiva desta zona raiana.
A tradição inclui ainda os “encerros” matinais, onde os touros correm pelas ruas das aldeias.
Este ano, para reforçar a segurança, o município vai disponibilizar uma unidade móvel com um médico e um enfermeiro em permanência nos 14 eventos.
Vítor Proença sublinha que a renovação do estatuto de Património Cultural Imaterial “exige de nós maior cuidado na manutenção desta tradição”.
O ciclo de 2025 começa em Quadrazais e termina em Aldeia Velha, passando por localidades como Lageosa da Raia, Aldeia do Bispo e Alfaiates.