Esta colaboração inter-hospitalar no Serviço Nacional de Saúde visa reduzir os tempos de espera e otimizar os recursos existentes, beneficiando diretamente os utentes. Numa demonstração de resiliência e inovação dentro do SNS, hospitais da região Centro estão a unir esforços para superar a escassez de especialistas e as longas listas de espera. A ULS do Médio Tejo, através do seu Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia em Abrantes, passou a realizar cirurgias a utentes da ULS da Lezíria, que na primeira semana resultou em onze intervenções bem-sucedidas. Casimiro Ramos, presidente da ULS Médio Tejo, sublinhou que “a missão do SNS concretiza-se quando as instituições trabalham em rede para garantir que nenhum utente fica para trás”.
De forma semelhante, as ULS de Leiria e Coimbra firmaram um protocolo para a partilha de médicos obstetras e enfermeiros, uma medida crucial para evitar o encerramento de serviços de urgência de Ginecologia/Obstetrícia, como aconteceu em anos anteriores. A principal lacuna de Leiria é a falta de médicos, enquanto Coimbra enfrenta dificuldades com profissionais de enfermagem. Alexandre Lourenço, presidente da ULS de Coimbra, afirmou que esta parceria é o “caminho para garantir de forma sustentada a resposta das duas instituições”. Estas iniciativas demonstram uma gestão proativa e solidária dos recursos, provando que a colaboração entre unidades de saúde é uma estratégia eficaz para otimizar a capacidade instalada e garantir um acesso mais equitativo e atempado aos cuidados de saúde para a população.