As operações, conduzidas por equipas de voluntários, ocorreram em diversas localidades afetadas pelas chamas. Num período de apenas seis dias, cinco equipas da IRA, duas do Porto e três de Lisboa, mobilizaram-se para as zonas mais críticas, conseguindo salvar um número significativo de animais. O balanço da operação inclui o resgate de 60 ovelhas, 19 cães, 16 gatos, 20 coelhos, 8 cabras e um burro.
Foram ainda salvas dezenas de aves, incluindo galinhas, perus e periquitos, cujo número exato não foi determinado.
As intervenções decorreram em múltiplos locais, refletindo a dispersão dos incêndios, com equipas a atuarem em localidades como Parada, Alvarenga, Bouças, Nicho e Vila Viçosa (no concelho de Arouca), Aguiar Sousa (Paredes), Fornos (Castelo de Paiva) e Sebolido (Gondomar).
Além dos resgates bem-sucedidos, a organização também documentou a tragédia, reportando a morte de pelo menos 350 porcos numa exploração suína atingida por um incêndio em Santarém.
Em Sebolido, a IRA prestou assistência a dois cães que se encontravam gravemente feridos.
Esta ação em larga escala evidencia o papel crucial que as organizações de voluntariado especializado desempenham em cenários de catástrofe, abordando uma vertente do socorro muitas vezes negligenciada: a dos animais, que são vítimas igualmente vulneráveis dos fogos florestais.
A coragem e a capacidade logística destas equipas foram fundamentais para mitigar o sofrimento e salvar centenas de vidas.