Esta ação de coragem e iniciativa popular foi crucial para proteger as habitações até à chegada dos bombeiros.
Num momento de grande aflição, com o fogo a avançar rapidamente pela serra do Alvão, os habitantes de Vila Cova não hesitaram em usar os recursos ao seu dispor. Um morador descreveu a situação como desesperada, afirmando que “não havia hipótese”, o que os levou a recorrer a tratores agrícolas equipados com cisternas de água para criar uma primeira linha de defesa contra as chamas.
Esta intervenção foi fundamental para travar o avanço do fogo e proteger as casas da aldeia.
A resposta da comunidade não se limitou ao combate direto.
Simultaneamente, outros populares, como Fátima Ribeiro, organizaram uma rede de apoio logístico para os bombeiros que se dirigiam para o local, angariando comida e bebidas para garantir que os operacionais tivessem o suporte necessário durante o combate extenuante.
A união da comunidade manifestou-se tanto na linha da frente, com os tratores a enfrentar o fogo, como na retaguarda, assegurando o bem-estar das equipas de socorro. Este episódio em Vila Cova é um exemplo notável de resiliência e espírito comunitário, onde cidadãos comuns se tornaram na primeira barreira de proteção da sua própria aldeia, demonstrando uma capacidade de organização e bravura perante uma ameaça iminente.