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Local August 5, 2025

População Civil na Linha da Frente do Combate aos Incêndios no Gerês

Residentes das aldeias de Lourido e Ermida, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), assumiram um papel heroico no combate ao incêndio que devastou a Serra Amarela, criticando a atuação das forças oficiais e utilizando o seu conhecimento do terreno para proteger as suas casas e animais.

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Perante a devastação, com a serra onde "ardeu tudo", a população local não hesitou em intervir diretamente. Carlos Monteiro, proprietário de um café em Lourido, descreve a situação com frustração: "Em certos sítios, a população esteve mais perto do fogo do que os bombeiros.

Não foi o combate mais adequado".

Os civis, garante, "estiveram no terreno, conhecem o terreno e sabem por onde fugir do fogo".

Esta crítica é partilhada por outros moradores, como Manuel Lopes, emigrante natural de Lourido, que viu bombeiros "ver o fogo sem atuar, a dizer que esperavam a ordem do comando". A população lamenta a perda de pasto para o gado, com animais desaparecidos, como as vacas de Jorge Lopes, e a destruição de culturas de milho e feno. O sentimento de impotência e revolta é palpável, com os residentes a sentirem que, apesar da presença de meios aéreos e terrestres, a resposta foi insuficiente.

"Se o objetivo era queimar, está tudo queimado", resume Manuel Lopes.

A ação dos civis, em conjunto com os sapadores florestais locais, que foram descritos como "incansáveis", foi crucial para evitar que as chamas atingissem as habitações, num exemplo de resiliência e espírito comunitário perante a adversidade.

ai briefingEm resumo
A intervenção direta dos civis no combate ao incêndio no Gerês realça a profunda ligação da comunidade ao seu território e a sua coragem, ao mesmo tempo que levanta questões sobre a eficácia das estratégias oficiais de combate a fogos em zonas de serra.

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