Perante as condições extremas do incêndio que lavrava desde sábado em Sirarelhos, Vila Real, cidadãos como Andreia Carvalho da Silva e Rui Dinis não hesitaram em agir.
Usando os seus próprios veículos, como moto-quatro e scooters, percorreram os terrenos acidentados da serra para distribuir bebidas frescas e comida aos operacionais que combatiam as chamas.
Este apoio logístico foi fundamental, dadas as altas temperaturas e o desgaste físico das equipas.
A iniciativa foi coordenada a partir de um centro de apoio improvisado no Campo Regional de Atividades Escutistas, em Mascoselo, que se tornou um ponto de recolha de bens doados pela comunidade.
Andreia Carvalho da Silva, fotógrafa, resumiu o sentimento geral: “Dentro do mal conseguimos encontrar algumas partes boas: esta união das pessoas”.
Além da distribuição de mantimentos, os voluntários de mota desempenharam um papel crucial na vigilância, monitorizando possíveis reacendimentos e alertando as autoridades.
Este esforço cívico, descrito como decisivo nos momentos iniciais do fogo, complementou a resposta oficial e demonstrou uma poderosa onda de solidariedade e responsabilidade partilhada perante a catástrofe.