Cidadãos, associações e até clubes desportivos mobilizaram-se para apoiar tanto as populações afetadas como os bombeiros que combatem as chamas na linha da frente.

A resposta da sociedade civil à tragédia dos incêndios manifestou-se de múltiplas formas, demonstrando uma profunda capacidade de entreajuda. Na freguesia de Vide, em Seia, as festividades locais foram canceladas para que os recursos pudessem ser canalizados para o apoio aos bombeiros, com a comunidade a fornecer mais de 300 refeições aos "Soldados da Paz". Em Aguiar da Beira, o município e as juntas de freguesia uniram-se para distribuir alimentos essenciais, como fruta e legumes, às famílias cujas hortas foram destruídas pelo fogo.

A solidariedade estendeu-se também ao apoio jurídico, com um grupo de advogados voluntários a oferecer aconselhamento gratuito a cidadãos e empresas afetados pelos incêndios.

Um dos casos mais mediáticos foi o de Pedro Figueiredo, um pastor de Oliveira do Hospital que perdeu a sua casa mas conseguiu salvar os seus animais. A sua história mobilizou o país, resultando numa campanha de angariação de fundos que lhe garantiu uma nova casa modular. Esta campanha contou com o apoio de figuras públicas como o humorista António Raminhos e de organizações como o IRA (Intervenção e Resgate Animal).

O próprio Sport Lisboa e Benfica demonstrou o seu apoio, convidando o adepto a assistir a um jogo no Estádio da Luz.

Estas ações, desde o apoio logístico no terreno até aos gestos simbólicos, refletem um forte sentimento de coesão nacional em tempos de crise.