Esta iniciativa coordenada reflete uma crescente consciencialização sobre o impacto profundo e duradouro que catástrofes naturais têm no bem-estar psicológico das comunidades.
Em vez de se limitarem ao apoio material, estas autarquias, em parceria com entidades como a Universidade da Beira Interior (UBI), a Cruz Vermelha e a Cáritas, criaram equipas multidisciplinares compostas por psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos para irem ao terreno.
A criação de linhas telefónicas de apoio, como as disponibilizadas pelo Fundão (966 398 185) e pela Covilhã (965 573 925 / 965 573 907), representa uma ferramenta crucial, oferecendo um canal direto e acessível para quem necessita de ajuda urgente.
O trabalho destas equipas não se cinge a uma intervenção reativa; a primeira fase consiste num levantamento exaustivo das necessidades, permitindo uma resposta estruturada e planeada.
A abordagem é dinâmica, adaptando-se diariamente “face à evolução da situação operacional”, como referido pela Câmara da Covilhã.
A colaboração com projetos como o Radar Social e o CLDS-Covilhã demonstra uma estratégia integrada, que visa não só mitigar o trauma imediato, mas também fortalecer a resiliência comunitária a longo prazo.
Esta resposta humanitária sublinha uma mudança de paradigma na gestão de emergências, onde o cuidado com a saúde mental é visto como um pilar tão essencial quanto a reconstrução de infraestruturas.














