Esta ação de base comunitária surge como uma resposta direta à devastação causada pelos fogos que assolam o país.
A campanha, que começou de forma espontânea entre os homens do mar, rapidamente ganhou força, tendo sido angariados 1.200 euros logo no primeiro dia. O armador de pesca de cerco, António Lé, explicou que o objetivo é comprar um meio aéreo novo e não em segunda mão, sublinhando que “a vida humana e os prejuízos causados a todos os populares não tem preço”. Este sentimento reflete a urgência e a seriedade com que a comunidade piscatória encara a crise dos incêndios, sentindo a necessidade de agir perante o que consideram uma carência de meios a nível nacional. A iniciativa não se limita aos pescadores, que fizeram um apelo à mobilização de toda a comunidade portuguesa para que se juntem à causa. Este gesto de uma classe profissional específica, que depende da natureza mas que se solidariza com uma tragédia terrestre, demonstra uma profunda consciência cívica e uma capacidade de organização popular para fazer face a problemas que afetam todo o país. A ação dos pescadores da Figueira da Foz destaca-se como um exemplo inspirador de como a sociedade civil pode tomar a iniciativa e contribuir de forma tangível para a segurança e bem-estar coletivos, transformando o fruto do seu trabalho diário num investimento para a proteção de todos.












