As iniciativas centram-se sobretudo no fornecimento de alimentos para animais, cujas pastagens e reservas foram consumidas pelas chamas, e no apoio veterinário. Em concelhos como Fundão, Castelo de Vide, Penedono e Mirandela, as autarquias agiram rapidamente para garantir o sustento dos animais. O Fundão, em parceria com a Associação Portuguesa de Criadores de Raça Limousine, disponibilizou alimentação para situações críticas. Em Castelo de Vide, o município adquiriu 25 toneladas de feno de aveia, complementadas por 16 toneladas de palha e feno da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, totalizando mais de 40 toneladas de forragens. Penedono também procedeu à aquisição de bens e iniciou a distribuição de alimentos para animais e abelhas. A Câmara de Mirandela criou um gabinete de crise para ajudar os produtores a aceder aos apoios governamentais. A Ancose – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela – também se mobilizou de imediato, distribuindo palha e ração aos seus associados lesados na Serra da Estrela. Em Castelo Branco, a autarquia estabeleceu um serviço de apoio veterinário e de alimentação animal, em colaboração com a Ovibeira e a empresa Almeida e Duarte, e abriu os canais de contacto para quem quisesse doar alimentos.

Estas ações coordenadas demonstram uma resposta rápida e essencial para evitar perdas ainda maiores no setor agropecuário, um pilar da economia destas regiões do interior.