O projeto, cujo nome evoca o ato de "vaguear sem pressas", visa combater a desertificação e promover o território rural através de uma nova rede digital de descoberta. A iniciativa assenta na instalação de painéis informativos com códigos QR em cada localidade, que dão acesso a áudio-guias narrados e a experiências de realidade aumentada.

Os visitantes podem caminhar livremente pelas aldeias enquanto ouvem pequenas peças sonoras, semelhantes a podcasts, que partilham histórias e tradições locais, escritas a partir de recolhas feitas junto da comunidade.

Através de uma aplicação móvel gratuita, os utilizadores podem também interagir com um "informante local" em realidade aumentada, que surge no ecrã para contar uma história do lugar. Segundo o presidente da Câmara, Paulo Arsénio, esta é "uma nova forma de visitação integrada" que enriquece a experiência do turista, permitindo-lhe conhecer histórias e pessoas a que de outra forma не teria acesso.

O presidente do Turismo do Alentejo, José Santos, classificou o projeto como "um dos mais interessantes e pioneiros" do país. Financiado pelo programa Transformar Turismo, o ALDEAGAR é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para preservar a memória coletiva e criar produtos turísticos autênticos, que incentivam uma exploração mais demorada e profunda do interior.