A comunidade, composta por cidadãos nacionais e estrangeiros que se instalaram na região nas últimas décadas, já tinha experiência com os incêndios de 2017. Na sequência dessa tragédia, foi criada a ARBOR (Associação da Região de Benfeita para Objetivos Regenerativos), que se dedicou a ações de reflorestação e, crucialmente, à formação de três equipas de autoproteção equipadas com carrinhas e tanques. Estas equipas revelaram-se fundamentais no combate ao incêndio de agosto de 2025, tendo conseguido salvar várias habitações. Agora, a comunidade reforça a sua mensagem, criticando o modelo de “vastas monoculturas de eucalipto e pinheiro” que, segundo os residentes, potenciam a propagação dos fogos. Inês Moura, uma das porta-vozes, afirma que “a exploração do interior tem de parar nos moldes em que está a acontecer”.

Bárbara Sá, presidente da ARBOR, destaca que o incêndio recente, apesar de ter destruído algumas das áreas reflorestadas, fortaleceu os laços na comunidade e a confiança no seu trabalho.

A sua luta não é apenas pela recuperação, mas por uma transformação da paisagem que garanta um “futuro mais verde” e seguro.