Numa demonstração de solidariedade inter-regional, organizações de produtores agrícolas de Odemira, Évora e Beja mobilizaram-se para enviar centenas de toneladas de alimentos para animais. A ajuda destina-se a agricultores e apicultores do Centro e Norte do país, cujas explorações foram devastadas pelos incêndios de verão. Esta iniciativa, despoletada por um apelo da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), ilustra a resiliência e a união do setor agrícola português em tempos de crise. A Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL), sediada em Évora, já conseguiu angariar 450 toneladas de alimentos, tendo enviado cerca de 180 toneladas de feno e palha para concelhos como Fundão, Covilhã, Almeida e Sabugal.
Além disso, utilizou donativos monetários para comprar ração diretamente nos locais afetados, otimizando a logística.
Em Beja, a ACOS – Associação de Agricultores do Sul também se mobilizou, com cerca de 20 associados a disponibilizarem-se para doar alimentos, embora enfrentando desafios logísticos devido à época de colheitas. Uma organização de produtores de Odemira também contribuiu, enviando ajuda alimentar para garantir a sobrevivência de 4.500 colmeias. Este esforço coletivo transcende as fronteiras regionais, evidenciando uma rede de apoio fundamental para a subsistência de explorações pecuárias e apícolas que perderam pastagens e recursos vitais, e reforçando os laços de cooperação dentro de um setor frequentemente atingido por adversidades climáticas.
Em resumoA solidariedade dos agricultores alentejanos materializou-se no envio de centenas de toneladas de alimentos para animais, como feno, palha e ração. Associações de Évora, Beja e Odemira organizaram a recolha e o envio da ajuda para as regiões Norte e Centro, devastadas pelos incêndios, demonstrando um forte espírito de união e apoio mútuo no setor agrícola nacional.