Esta decisão, tomada de forma concertada entre as autarquias afetadas, representa uma resposta direta e pragmática às necessidades das populações que estiveram na linha da frente da defesa do seu território. O presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, justificou a medida como sendo de “elementar justiça”, reconhecendo que os munícipes “largaram tudo para ajudar a combater o fogo e a proteger as suas casas e aldeias”. A iniciativa, que tem como referência um modelo já aplicado em 2022 pela APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, visa aliviar os encargos financeiros resultantes do uso de recursos próprios, nomeadamente água da rede pública, para proteger habitações, património e florestas.

O processo foi desenhado para ser simples e ágil: os consumidores afetados devem submeter a fatura ao seu município, que, após validação, assegurará a sua quitação junto da entidade gestora.

Esta ação não só compensa financeiramente os cidadãos, mas também valoriza a sua coragem, solidariedade e papel ativo na proteção civil, transformando um ato de governação local num forte sinal de apoio comunitário.