A Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Franca de Xira tomou a decisão drástica de hipotecar o próprio quartel para conseguir um empréstimo de 350 mil euros, destinado à aquisição de viaturas de emergência essenciais. A medida, embora controversa entre os sócios, reflete a dedicação extrema da corporação e as dificuldades de financiamento que afetam os bombeiros voluntários em Portugal. A necessidade do empréstimo é premente: a corporação precisa de substituir um autotanque com 36 anos que perde água e uma ambulância que ficou destruída num acidente em dezembro do ano anterior.
Parte do valor será também canalizada para a reparação da autoescada, crucial para operações em altura. O presidente da associação defende que esta é a “única solução possível” para garantir a capacidade operacional e a segurança da população.
Este ato extremo lança luz sobre a vulnerabilidade financeira das associações humanitárias, que dependem largamente do voluntariado e de apoios públicos muitas vezes insuficientes para cobrir os elevados custos de manutenção e renovação de equipamentos vitais. A decisão dos bombeiros de Vila Franca de Xira é um ato de sacrifício que evidencia um compromisso inabalável com a sua missão, mesmo que isso signifique colocar em risco o seu próprio património para não falhar no socorro à comunidade.
Em resumoA decisão dos Bombeiros de Vila Franca de Xira de hipotecar o quartel para comprar viaturas essenciais é um ato extremo que evidencia as graves dificuldades de financiamento do setor. Este gesto sublinha o compromisso inabalável da corporação em garantir a segurança da comunidade, mesmo perante o risco de perder o seu próprio património.