A iniciativa visa dinamizar o turismo sustentável e conectar os visitantes com a identidade cultural e as populações locais da região.

A nova Rede de Percursos da Faixa Piritosa Ibérica estende-se por 322 quilómetros, divididos em seis etapas, e atravessa sete concelhos nos distritos de Beja e Setúbal: Aljustrel, Castro Verde, Almodôvar, Mértola, Serpa, Grândola e Santiago do Cacém. O projeto, que teve um investimento de cerca de 200 mil euros financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, foi promovido pela agência de desenvolvimento local Esdime em parceria com outras associações. Segundo Isabel Benedito, presidente da Esdime, a inspiração veio da bem-sucedida Rota Vicentina, com a ambição de ir além de um simples percurso.

“Não quisemos apenas criar um percurso pedestre ou ciclável, mas algo em que as pessoas também possam descobrir o povo desta região”, explicou.

A rota valoriza o património geomineiro, passando por antigas áreas mineiras, e o património natural, com destaque para a Reserva da Biosfera de Castro Verde, classificada pela UNESCO.

José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, salientou que o projeto “acrescenta inequivocamente valor à oferta turística da região”, permitindo “uma leitura da paisagem, do território diferente”.