A iniciativa, que contou com a participação especial da equipa sénior de râguebi da Académica, simboliza o poder da ação cívica na renaturalização de espaços urbanos.
O renascimento do jardim na Rua do Brasil é um exemplo paradigmático de como a iniciativa cidadã pode requalificar o tecido urbano e promover a biodiversidade.
O projeto, dinamizado pela iniciativa "São Flores, Coimbra!
", coordenada por Catarina Maia do Jardim Monte Formoso, mobilizou a comunidade local com o objetivo de criar um espaço de conservação e convívio. A ação ganhou um impulso significativo quando o proprietário do terreno, Ricardo Silva, decidiu abrir o espaço à comunidade, contrariando a lógica de urbanização que domina a zona.
A força e organização da equipa sénior de râguebi da Académica, liderada pelo treinador Lodie Van Staden, foram cruciais para os trabalhos mais pesados, como a movimentação de pedras, demonstrando uma notável sinergia entre o desporto e a cidadania ativa.
O projeto não se limita à jardinagem; visa construir um charco para espécies aquáticas, semear prados com plantas nativas raras e vulneráveis, cedidas pelos especialistas Jael Palhas e Afonso Pedromilho, e criar uma pequena horta.
A iniciativa destaca-se por contrastar com as opções urbanísticas que frequentemente privilegiam o betão, oferecendo um "respiro de natureza" nascido da vontade popular. Como sublinhou Catarina Maia, "o desafio é envolver toda a gente, porque o futuro faz-se da soma de pequenos gestos", uma filosofia que materializa a crença de que as cidades podem ser reinventadas pela força coletiva e pela preservação ambiental.













