A rápida intervenção das autoridades de saúde e da instituição permitiu resolver a situação sem que se registassem quaisquer casos de infeção. A deteção da bactéria ‘Legionella spp’ ocorreu no dia 11 de setembro, no âmbito de um programa de vigilância sanitária da Unidade Local de Saúde Pública, numa das instituições da Santa Casa da Misericórdia de Lagos. A resposta foi imediata e alinhada com as recomendações das autoridades de saúde. Segundo Paulo Nisa, diretor-delegado da instituição, "foram adotadas as medidas recomendadas pelas autoridades de Saúde e fechados os chuveiros" como medida de precaução. Para assegurar a higiene dos utentes, que totalizam 39 em regime de internato e seis em Centro de Dia, estes foram temporariamente encaminhados para outra unidade da Misericórdia. A ação central consistiu numa desinfeção química criteriosa da rede de água quente sanitária, que, de acordo com Paulo Nisa, resultou "numa erradicação inequívoca de qualquer tipo de contaminação microbiológica".

A confirmação da eliminação total da bactéria chegou através dos resultados laboratoriais, permitindo o regresso à normalidade. Este episódio destaca-se como um exemplo de sucesso na gestão de uma crise de saúde pública num ambiente vulnerável, evidenciando a eficácia dos programas de vigilância e a prontidão da resposta institucional, que protegeram eficazmente a saúde dos idosos a seu cargo, evitando um surto da doença do legionário.