Perante este cenário, o apoio simplificado de 10 mil euros, disponibilizado pelo Governo, está a ser fundamental.

O agricultor Carlos Almendra, que perdeu cerca de 80 hectares, afirmou que, embora o valor “seja pouco” face à dimensão dos estragos, “dá alguma esperança” e serve “para começar a trabalhar e a reerguer aquilo que se estragou”.

A rapidez com que o apoio foi concedido, uma semana após a candidatura, foi uma surpresa positiva para os lesados.

Outro produtor, Bruno Veríssimo, que viu cinco hectares de olival e amendoal destruídos, corroborou que a ajuda “dá muito jeito” e está a permitir “avançar com as máquinas”.

A comunidade agrícola aguarda agora por medidas de apoio mais robustas, como a que no ano anterior ressarc iu uma percentagem maior dos prejuízos, para garantir a viabilidade a longo prazo das suas explorações.

Além das perdas materiais, os agricultores lamentam a destruição de património genético, com oliveiras e amendoeiras centenárias perdidas para as chamas, reforçando a urgência de adaptar as práticas agrícolas às alterações climáticas.