O projeto “AMA 2.0” adota um modelo anti-especulativo para garantir que o património criado permaneça acessível às futuras gerações.

Com uma nova direção que une a “sabedoria e a memória dos membros fundadores à energia e inovação de uma nova geração”, a AMA propõe uma solução concreta para a dificuldade de acesso à habitação que afeta trabalhadores, jovens e famílias de classe média em Albufeira.

O presidente da direção, André Lima, afirmou: “Não esperamos que nos construam as casas; assumimos essa responsabilidade com o nosso esforço.

O que propomos ao poder local é que seja um parceiro facilitador, criando as condições, como a cedência de terrenos, para que a iniciativa dos cidadãos possa resolver um problema que é de todos”. O projeto assenta em três pilares: a criação de uma cooperativa para adotar formalmente o modelo de propriedade coletiva e aceder a financiamento; a construção de habitação a custos controlados com o apoio do município, nomeadamente através da cedência de terrenos em direito de superfície; e a proteção anti-especulação, que impede a venda das habitações no mercado livre.

A nova direção já iniciou reuniões com as forças políticas locais, incluindo o atual presidente da câmara, para apresentar o plano e procurar um consenso para uma parceria com o município, dando prioridade a quem nasceu ou reside há mais tempo no concelho e não possui habitação própria.