O nascimento ocorreu a caminho do Hospital Garcia de Orta, em Almada, destacando a crescente importância destes profissionais para além do combate a incêndios.
A recorrência destes nascimentos em trânsito, embora celebre a competência e a bravura dos bombeiros, expõe uma realidade preocupante na Península de Setúbal.
O encerramento intermitente de urgências de obstetrícia, como a do Hospital do Barreiro, força as grávidas a percorrer distâncias maiores até ao único hospital com serviço permanente na área, o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Esta situação aumenta o risco e a pressão sobre as equipas de emergência pré-hospitalar.
O facto de esta corporação específica já ter assistido a 14 partos em 2025, num total de 58 nascimentos extra-hospitalares registados a nível nacional no mesmo ano, ilustra a dimensão do problema na região.
Cada um destes eventos, embora termine com sucesso graças à perícia dos bombeiros, serve como um alerta para as fragilidades do sistema de saúde.
A comunidade celebra estes profissionais como heróis, não só pela sua função tradicional no combate a incêndios, mas também pela sua capacidade de adaptação e resposta em situações médicas críticas, transformando as suas ambulâncias em salas de parto improvisadas e garantindo a segurança de mães e bebés em momentos de extrema vulnerabilidade.
A situação foi descrita pelo comandante dos bombeiros, Pedro Ferreira, como “uma situação cada vez mais normal”, o que evidencia a normalização de uma contingência que deveria ser excecional.














