As investigações intensificaram-se com o início do ano letivo, quando se verificou que a criança não compareceu às aulas.
O progenitor, na tentativa de ocultar o paradeiro do filho, havia cessado a sua presença online, desligado o telemóvel e cortado contacto com familiares próximos.
As diligências levaram os inspetores a uma habitação devoluta na zona de Delães, em Vila Nova de Famalicão, descrita como um local frequentado por pessoas ligadas ao consumo de estupefacientes.
No interior, o menor foi encontrado com o pai “em condições manifestamente insalubres”, sem eletricidade ou água canalizada.
A criança vestia roupa do progenitor, não dispunha de alimentos e apresentava “múltiplas lesões compatíveis com picadas dispersas em várias zonas do corpo”, evidenciando uma prolongada falta de cuidados de higiene. A intervenção da PJ foi crucial para retirar a criança deste ambiente perigoso, tendo sido posteriormente conduzida ao Hospital de Vila Nova de Famalicão para avaliação médica e entregue aos cuidados da mãe, com o devido acompanhamento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).














