O menor foi encontrado numa habitação devoluta em Vila Nova de Famalicão, em condições manifestamente insalubres.

O resgate da criança de 10 anos pela Polícia Judiciária de Braga, desaparecida desde julho, representa um desfecho positivo para uma situação de extrema vulnerabilidade. A operação, ordenada pelo Tribunal de Família e Menores de Guimarães, localizou o menor numa habitação devoluta em Delães, Famalicão, em condições descritas como "manifestamente insalubres", evidenciando grave negligência.

A casa não dispunha de eletricidade nem água canalizada e era frequentada por indivíduos ligados ao consumo de estupefacientes.

O menor apresentava "múltiplas lesões compatíveis com picadas dispersas em várias zonas do corpo e evidenciava não ter tido qualquer cuidado de higiene, há muito tempo".

Esta descrição sublinha a urgência da intervenção.

O pai, que tentava ocultar o paradeiro do filho, tinha cessado a sua presença online e desligado o telemóvel.

O facto de a criança não ter comparecido na escola com o início do ano letivo foi crucial para intensificar as diligências. A ação da PJ, em articulação com o tribunal, garantiu a segurança imediata da criança, que foi entregue à mãe e encaminhada para avaliação hospitalar, interrompendo um ciclo de abandono e perigo.

Este caso realça a importância da vigilância comunitária e escolar, bem como a eficácia da intervenção judicial e policial na proteção dos direitos fundamentais das crianças.