O presidente da Câmara Municipal, Luís Paulo Costa, afirmou ser um “enorme orgulho” receber o prémio, que “prova que, mesmo em territórios pequenos, conseguimos dar resposta a desafios globais, com soluções inovadoras que refletem a identidade do nosso concelho”.

O projeto inspira-se no papel histórico das mulheres na gestão comunitária e na centralidade dos lavadouros na vida social da aldeia.

Os espaços, atualmente inativos, serão transformados em “laboratórios vivos de água, biodiversidade e resiliência contra incêndios”, além de funcionarem como locais de encontro, aprendizagem e renovação comunitária. Entre os objetivos estão a conservação da água, a criação de habitats para polinizadores e o armazenamento de reservas hídricas para apoio no combate a incêndios. A iniciativa nasceu do trabalho desenvolvido após os incêndios de 2017, em colaboração com a Universidade de Harvard e o Politécnico de Coimbra, envolvendo investigadores, artesãos locais e a comunidade. O projeto prevê a criação de jardins de água, biofiltros, um terraço de secagem de roupa como espaço comunitário e a utilização da água armazenada para combate a fogos rurais. Com um forte caráter replicável, a abordagem poderá ser implementada noutras aldeias do concelho e da região, tornando-se um modelo europeu de boas práticas no combate à desertificação e na promoção da coesão social.