O projeto premiado, intitulado “The Water Guardians: Healing Communities, Healing Landscapes” (Os Guardiões da Água: Curando Comunidades, Curando Paisagens), inspira-se no papel histórico das mulheres na gestão comunitária da água e na centralidade social dos lavadouros.

Estes espaços, hoje inativos, serão transformados em “laboratórios vivos de água, biodiversidade e resiliência contra incêndios”, bem como em locais de encontro e aprendizagem. Os objetivos são ambiciosos: reforçar a resiliência ambiental através da conservação de água e criação de habitats, armazenar reservas hídricas para combate a incêndios e, crucialmente, preservar a memória cultural.

O presidente da Câmara, Luís Paulo Costa, afirmou que o prémio prova que, “mesmo em territórios pequenos, conseguimos dar resposta a desafios globais”.

A iniciativa nasceu da colaboração com a Universidade de Harvard e o Politécnico de Coimbra, envolvendo investigadores, técnicos e a comunidade local num processo de cocriação.

O seu caráter inovador e replicável permite que o modelo seja adaptado a outras aldeias, posicionando Arganil como um exemplo de boas práticas no combate à desertificação e na promoção da coesão social a nível europeu.