Estes eventos, que unem gerações em torno da castanha assada e do vinho novo, reafirmam a vitalidade das tradições locais.

Por todo o país, de norte a sul, as comunidades organizam-se para celebrar o São Martinho, transformando a tradição numa oportunidade para reforçar laços e apoiar causas locais.

Em Quarteira, o magusto reverteu a favor da Bolsa Solidária do Banco de Tempo, uma iniciativa que, segundo o presidente da Junta de Freguesia, João Romão, se baseia "no espírito de partilha e solidariedade" intrínseco a esta data.

Este cariz solidário é replicado noutras localidades, como em Monção, onde uma caminhada reverteu a favor dos bombeiros voluntários.

As celebrações estendem-se a Terras de Bouro, com a feira 'S. Martinho nas Terras do Gerês', aos bairros da Póvoa de Varzim, a Moura, com o seu fim de semana gastronómico, e a várias freguesias de Braga, como Palmeira.

A dimensão cultural destes eventos é notável, com música tradicional, ranchos folclóricos e bailes a animarem os festejos, como os protagonizados pelo músico Ruben Filipe em Quarteira ou pelo Grupo Cantares D’outrora em Cabanelas, que também serviu as tradicionais 'Sopas de Burro Cansado'.

A vitalidade destas celebrações atingiu um reconhecimento internacional inesperado quando uma fotografia do magusto da Rusga de São Vicente, em Braga, foi projetada nos ecrãs de Times Square, em Nova Iorque, demonstrando como as tradições locais podem capturar a atenção global e projetar a cultura portuguesa além-fronteiras. Este momento simbólico sublinha o valor destas festas não apenas como eventos de convívio, mas também como embaixadoras da identidade cultural portuguesa.