O percurso de Marlene Guerreiro está intrinsecamente ligado à autarquia, onde desempenhou funções durante décadas, primeiro como funcionária e, nos últimos 16 anos, como vereadora e vice-presidente.

Esta longa carreira de serviço público confere-lhe uma legitimidade e um conhecimento profundo do território, aspetos que foram destacados no seu discurso de tomada de posse. Ao afirmar-se como “a primeira mulher e a primeira trabalhadora do Município a liderar a Câmara”, Marlene Guerreiro não só reconheceu o peso histórico do momento, como também homenageou o seu próprio percurso de dedicação à causa pública. A nova presidente comprometeu-se a “servir São Brás de Alportel e todos os são-brasenses com dedicação, proximidade e responsabilidade”, elegendo como prioridades áreas cruciais como a habitação, educação, saúde e segurança.

A transição de poder foi marcada por um espírito de continuidade e cooperação, com o presidente cessante, Vítor Guerreiro, a assumir a presidência da Assembleia Municipal e a manifestar o seu orgulho na sucessora.

Este evento transcende a política local, servindo de exemplo positivo para a representatividade feminina em cargos de liderança em Portugal, onde a paridade nos executivos municipais continua a ser um desafio.