A acreditação do Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é uma notícia de enorme relevância estratégica para a região e para o interior do país, representando uma resposta concreta a um dos seus problemas mais crónicos: a escassez de profissionais de saúde. A iniciativa, fruto de uma colaboração estreita com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), é vista como uma “âncora de desenvolvimento” e um passo fundamental para a coesão territorial. O novo curso, que prevê a formação de 40 estudantes por ano, tem o potencial de transformar o panorama da saúde na região. A expectativa é que, ao formar médicos localmente, se consiga aumentar a taxa de fixação destes profissionais no interior, combatendo a desertificação e reforçando o Serviço Nacional de Saúde (SNS) nas áreas mais carenciadas. O presidente da ULSTMAD, Ivo Oliveira, considerou o projeto “essencial para a retenção e fixação de profissionais”.
A proposta pedagógica aposta na humanização dos cuidados e na proximidade com o paciente, focando-se nos cuidados de saúde primários e preventivos, áreas particularmente importantes em territórios com uma população envelhecida.
O apoio de entidades políticas locais, como o PSD de Vila Real, que classificou a medida como um “ganho significativo para as populações”, demonstra o consenso em torno da importância do projeto. Esta é uma história inspiradora de planeamento a longo prazo, que une academia, saúde e poder local para resolver um problema estrutural com um impacto direto e positivo na qualidade de vida de milhares de pessoas.
Em resumoA criação de um curso de Medicina na UTAD é uma notícia de grande alcance para Trás-os-Montes e para o interior de Portugal. A iniciativa visa combater a escassez de médicos na região, fixar talento e reforçar o Serviço Nacional de Saúde, representando um investimento estratégico na coesão territorial e na qualidade de vida das populações.