A iniciativa, localizada entre Vila Viçosa e Alandroal, visa proporcionar uma reforma digna a estes animais e impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
Com uma área de 402 hectares, o santuário destina-se a acolher entre 20 a 30 elefantes provenientes de circos e jardins zoológicos europeus, oferecendo-lhes um ambiente de maior liberdade e qualidade de vida.
A primeira residente, a elefanta-africana Kariba, que viveu 40 anos em cativeiro, tem chegada prevista para o início de 2026.
A escolha do Alentejo deveu-se a condições favoráveis de clima, relevo e tranquilidade.
O projeto, promovido pela organização sem fins lucrativos Pangea, tem recebido um forte apoio institucional.
O presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança, admitiu o ceticismo inicial perante a dimensão da proposta, afirmando: “Quando o projeto apareceu no meu gabinete, achei a ideia gigantesca”.
No entanto, sublinhou o empenho da autarquia em facilitar os licenciamentos e o ordenamento do território. De igual modo, João Grilo, presidente da Câmara do Alandroal, destacou o alinhamento do projeto com os objetivos de conservação e biodiversidade, afirmando que “este é um projeto que traz nova energia ao nosso território”. Para além do refúgio animal, a iniciativa contempla a criação de Centros Interpretativos em ambos os concelhos, que funcionarão como espaços educativos sobre a conservação e o bem-estar animal, sem perturbar a tranquilidade dos elefantes. A Universidade de Évora também demonstrou interesse em estabelecer uma parceria, o que poderá fomentar o turismo de investigação e novas oportunidades de negócio, consolidando o projeto como um motor de desenvolvimento ambiental, educativo e cultural para uma região de baixa densidade.









