A iniciativa, promovida pela organização sem fins lucrativos Pangea, abrange uma área de 402 hectares nos concelhos de Vila Viçosa e Alandroal.
O espaço foi escolhido após um estudo que considerou mais de cem locais na Europa, tendo em conta fatores como o clima, o relevo e os recursos hídricos.
A primeira habitante, com chegada prevista para o início de 2026, será a elefanta-africana Kariba, que viveu os últimos 40 anos em cativeiro. O projeto representa uma resposta à necessidade de proporcionar melhores condições de vida a estes animais em fim de carreira.
O presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança, admitiu o ceticismo inicial perante a dimensão da proposta, afirmando: “Quando o projeto apareceu no meu gabinete, achei a ideia gigantesca”.
No entanto, sublinhou o total apoio da autarquia, que se comprometeu a facilitar licenciamentos e a ajustar os instrumentos de ordenamento do território. O seu homólogo de Alandroal, João Grilo, destacou o impacto transformador do projeto, que inclui a criação de Centros Interpretativos para promover a educação ambiental.
A artista plástica Joana Vasconcelos associou-se à causa, comprometendo-se a criar mantas para os animais.
“No inverno aqui faz muito frio, e resolvemos começar pela primeira manta para o primeiro elefante”, afirmou, acrescentando que fará “todas as que forem necessárias”.
O santuário não estará aberto a visitas públicas, de modo a garantir a tranquilidade dos animais, mas os centros interpretativos permitirão o contacto educativo com o projeto.









